sexta-feira, 29 de maio de 2009

Seminário nacional discute o patrimônio ferroviário brasileiro em Belo Horizonte

O Iphan vai realizar, dias 4 e 5 de junho, o I Seminário Nacional sobre o Patrimônio Cultural Ferroviário Brasileiro. Uma iniciativa do Iphan, o evento tem apoio do Ministério Público Estadual de Minas Gerais e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais.

O I Seminário Nacional sobre o Patrimônio Cultural Ferroviário Brasileiro tem por finalidade estabelecer um amplo fórum de discussão a respeito das atribuições, ações e objetivos das instituições envolvidas com o tema da Memória Ferroviária Nacional. Voltado para os agentes envolvidos e vinculados ao assunto, o seminário pretende gerar um debate com vistas à proteção do patrimônio cultural ferroviário brasileiro.

Além de técnicos do Iphan, o seminário contará com a participação de representantes da Secretaria de Patrimônio da União -SPU, da Agência Nacional de Transportes Terrestres -ANTT, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, da Inventariança da extinta Rede Ferroviária Federal S/A - RFFSA, do Ministério Público Federal - MPF, da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários - ANTF, da Associação Brasileira de Trens Turísticos Culturais - ABOTTC, entre outras instituições.

A partir do processo de liquidação da Rede Ferroviária Federal S/A – RFFSA, e com sua extinção no primeiro semestre de 2007, o Patrimônio Cultural Ferroviário passou a ser tratado por um conjunto de instituições governamentais. Constituído por grande quantidade de bens de diferentes naturezas e de relevante importância, esse imenso acervo tomou o foco do Ministério dos Transportes, por meio da Inventariança da extinta RFFSA, e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, da Secretaria de Patrimônio da União -SPU, e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. A essas instituições foi legada uma atribuição comum: a destinação de todo o sistema ferroviário nacional advindo da extinta RFFSA.
Após a edição da medida provisória que extinguiu a RFFSA, o Iphan percebeu a necessidade de promover uma ampla discussão para análise dos procedimentos adotados, os pontos de convergência e dissonância e os avanços necessários no diálogo entre as instituições envolvidas e seus parceiros (Ministérios Públicos, Prefeituras, Ferroviários, ONG’s, OSCIP’s e outros), fato que resultou no seminário nacional.

I Seminário Nacional sobre o Patrimônio Cultural Ferroviário Brasileiro
Dias: 4 e 5 de junho de 2009
Hora: 8h30 às 18h.
Local: Auditório Belo Horizonte - CREA/MG - Av. Álvares Cabral, 1600, 1º subsolo, Santo Agostinho, Belo Horizonte, ao lado da Praça da Assembleia.

programação e mais informações: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14463&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

Museu de História Natural da UFMG promove mesa-redonda sobre preservação e museologia

O patrimônio cultural, natural e científico do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB) vai ser discutido na próxima segunda-feira, 1º de junho. A mesa-redonda, que tem início às 9h, no próprio Museu, dará ênfase ao debate sobre a preservação, a conservação e a museologia.
O objetivo do evento é a formulação de uma proposta para as políticas de acervo do espaço. Irão participar Juliana Cardoso, analista ambiental e arqueóloga da Vale, Leonardo Barreto, superintendente regional do Iphan, e o pesquisador André Prous, responsável pela Arqueologia Pré-Histórica do MHNJB.
A mesa será aberta com uma explanação inicial de cada um dos representantes. Em um segundo momento, a discussão será aberta aos inscritos e, no final, os pontos de consenso da ata serão encaminhados à diretoria do Museu.
O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG fica na rua Gustavo da Silveira, 1035, Santa Inês - Belo Horizonte/MG.

fonte: http://www.ufmg.br/online/arquivos/012024.shtml

terça-feira, 26 de maio de 2009

RS promove 1º Fórum Estadual do Patrimônio Cultural em junho

Nos dias 1º e 2 de junho será realizado o 1º Fórum Estadual do Patrimônio Cultural no Rio Grande do Sul. O evento é promovido pela Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado (CREA-RS).

O objetivo do encontro é discutir o papel da cultura no desenvolvimento social e urbano, as políticas de preservação do patrimônio histórico e cultural e o patrimônio imaterial da cultura. "Esta é mais uma iniciativa da Secretaria da Cultura que, nesta gestão, tem como prioridade a restauração e preservação do patrimônio histórico do Estado. Em 2009, o governo irá investir mais de R$ 1 milhão de reais na restauração dos prédios da Casa de Cultura Mario Quintana, Casa réplica do Parque Histórico Bento Gonçalves, localizada no município de Cristal, do Museu Julio de Castilhos e Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. Fico muito satisfeita com isso, pois este é o maior orçamento aplicado pelo Estado em Patrimônio Histórico nos últimos dez anos", comenta a Secretária de Estado da Cultura, Mônica Leal.

Com foco neste trabalho de preservação do patrimônio cultural e histórico do Rio Grande do Sul, o Fórum promove palestras com diretores e coordenadores de institutos estaduais, bem como, professores da PUCRS. Entre os palestrantes estão a diretora do IPHAE, Maria Beatriz Kother, a coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Simone Monteiro, e a coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas, Morgana Marcon. O evento será no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), localizada no prédio nove da PUCRS. As inscrições podem ser feitas no setor de Atendimento da Pró- Reitoria de Extensão (PROEX), no prédio 40 da universidade e custam R$80 para o público em geral e R$ 40 para estudantes.

Evento: 1º Fórum Estadual do Patrimônio Cultural
Dias: 01 e 02 de junho de 2009
Local: auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), localizada no prédio 09 da PUCRS. Porto Alegre/RS.
Valor: R$80 para o público em geral e R$ 40 para estudantes.
Inscrições: setor de Atendimento da Pró- Reitoria de Extensão (PROEX), no prédio 40 da PUCRS.
Mais informações: Prédio 40 - Sala 201 Fone: (51) 3320-3680

fonte: http://www.estado.rs.gov.br/direciona.php?key=Y2FwYT0xJmludD1ub3RpY2lhJm5vdGlkPTc1MjA5Jm1lbnU9MTMmc3VibWVudT0mdmc9JnZhYz0=

sábado, 23 de maio de 2009

Prefeitura de Salvador planeja demolições de casas

O secretário de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente de Salvador, Antonio Abreu, em entrevista exclusiva na redação de Terra Magazine, em São Paulo, procurou esclarecer os planos da prefeitura para uma área de 324 mil metros quadrados, declarada de utilidade pública para fins de desapropriação. A faixa de terra está localizada na orla da Cidade Baixa de Salvador, que possui prédios tombados pelo patrimônio histórico e extensa faixa de casario.

Nesta entrevista o secretário confirma a possibilidade de demolição de residências, para abrir o acesso à praia - mas descarta o uso de "precatórios". "As pessoas serão realocadas num raio pequeníssimo em relação aonde estão, indo pra um tipo de imóvel de uma qualidade muito superior ao que elas estão", garante Abreu.

A prefeitura publicou o decreto em 19 de março, antes de ter anunciado ou discutido qualquer projeto com a população da capital baiana. No futuro, desapropriações podem atingir imóveis situados entre a tradicional Feira de São Joaquim e a Praia da Boa Viagem.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), considerou "estranho" o decreto da Prefeitura. "É muito estranho.... é muito esquisito.... Espero que não esteja ligado à especulação imobiliária", afirmou Wagner.

Antonio Abreu rebate a suspeita do governador: "Eu acho (ele) que foi mal informado". O secretário diz que o projeto pretende "socializar" a orla de Salvador. Mas reconhece que não ouviu, oficialmente, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) - apenas se reuniu com o diretor regional, Carlos Amorim: "Eu não fui formalmente...".

Questionado por Terra Magazine quanto à inexistência de um corpo técnico especializado em patrimônio histórico e cultural que empreste massa crítica e poder formal e legal à Prefeitura, Abreu abre:- À medida que a gente não tenha, a gente tem que buscar onde tem, percebeu? A nossa função... Nós somos os animadores do processo. A parte do patrimônio histórico? O meu parceiro é o Iphan. E o Ipac, instituição do governo.

Comenta também o fato de prefeitos e vereadores receberem financiamentos de empresários e depois retribuírem com espaços públicos (as já costumeiras e cíclicas elevações de gabarito):- Mais ou menos isso. A gente sabe que é mais ou menos isso. O segundo é isso: nós temos os nossos legisladores, têm que ter a coragem e o respeito com o povo que os elegeu pra fazer, primeiro, uma reforma política de qualidade.

O secretário Antonio Abreu, ao ponderar, confessa algo que atravessa o Brasil de ponta a ponta, mas que é, tem sido desde há muito, problema gravíssimo em Salvador:- O problema político (a retribuição dos "apoios" de campanha) não é um problema da prefeitura do Salvador. É um problema de Brasil.

Confrontado com questões sobre a ausência de planejamento urbano em Salvador, cidade marcada pela elevação do gabarito na Orla e pela expansão imobiliária em áreas com resquícios de Mata Atlântica (a exemplo da avenida Paralela), o secretário critica a posição do Ministério Público e afirma que o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) se empenha para corrigir os desvios na ocupação da capital.

Algumas das declarações centrais da entrevista:
1. Abreu justifica o decreto de utilidade pública, para fins de desapropriação: "É primeiro você congelar sua imagem. Nessa área aqui ninguém pode fazer nada, até que se conclua realmente dentro do prazo. Ela é temporal, tem um prazo de cinco anos para o decreto de utilidade pública pra fins de desapropriação, e nesse ínterim nós estamos desenvolvendo novos projetos."

2. "O ditador hoje é o Ministério Público. Esse é que hoje tem um caráter ditatorial... O Ministério Público tem que entender que é constitucional o licenciamento ambiental."

3. O secretário admite a possibilidade de a secular fábrica do industrial Luiz Tarquínio (1844-1903) ser demolida pela Prefeitura. "Se não for tombado historicamente e tudo, dentro do processo, sim", diz. Depois de um incêndio, o prédio se encontra em ruínas e virou depósito de containeres. Para o secretário, um campo de futebol, localizado na praia da Boa Viagem, é mais "emblemático" e "histórico" do que a fábrica que marcou o início da industrialização na Bahia: "Aquele campo de futebol é emblemático. Você não conhece um itapagipano que não tenha jogado ali".

4. Criticado por não ter aberto o projeto para discussão popular e restringi-lo a um grupo pequeno, ele argumenta: "Determinadas coisas são assim: corra na frente antes que alguém pegue. Eu acho que as ações como essa, que você vai mexer com gente grande, peixe graúdo, se a gente divulga um negócio desse..."

5. Abreu critica o "partidarismo" no debate sobre o desenvolvimento urbano de Salvador. Com essa ressalva, aceita discutir com "professores de Arquitetura, de Administração e de Economia" da Universidade Federal da Bahia que se alarmaram com o decreto municipal.

Para ler a entrevista na íntegra, acesse o link:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3772550-EI6578,00-Prefeitura+de+Salvador+planeja+demolicoes+de+casas.html

Veja a opinião de Professor emérito da Universidade Federal da Bahia e ex-diretor regional do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o poeta e historiador Fernando da Rocha Peres, autor de "Memória da Sé".
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3777042-EI6578,00-Peres+Direcaogeral+do+Iphan+deveria+ser+ouvida.html

Conselheira do Iphan é acusada de danificar imóvel

A empresária mineira Ângela Gutierrez, uma das conselheiras do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi condenada pela Justiça Federal por descaracterizar um imóvel no centro da histórica Tiradentes, no interior de Minas. O Ministério Público Federal (MPF) acusou Ângela de desrespeitar as recomendações do próprio instituto do qual é conselheira, substituindo janelas e portas na fachada principal da sua casa em Tiradentes. O imóvel é tombado pelo Iphan.

A Justiça Federal julgou procedente a ação civil pública movida pelo MPF e determinou a troca imediata das esquadrias da fachada da casa. A Justiça, porém, discordou do pagamento de indenização por danos morais requerido pelo Ministério Público. Portas e janelas terão de ser substituídas por modelos saia e camisa, que eram as peças originais da casa.As obras no imóvel, de acordo com a denúncia do MPF, foram feitas antes do pronunciamento do Iphan sobre o projeto de reforma apresentado pela proprietária. O instituto considerou que as portas e janelas sofisticadas que seriam instaladas não condiziam com as proporções e a arquitetura simples da casa no centro histórico de Tiradentes.

A empresária evitou polemizar. "Vou cumprir rigorosamente tudo o que foi determinado pela Justiça", afirmou. Ela não quis falar sobre os motivos que levaram o MPF para impetrar uma ação civil pública contra ela. Mas argumentou que ela é reconhecida nacionalmente como alguém que zela pela conservação do patrimônio histórico e não o contrário.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,conselheira-do-iphan-e-acusada-de-danificar-imovel,375468,0.htm

Iepha promove curso de técnicas antigas de construção

Novas tecnologias construtivas surgem a cada ano e substituem antigos modos de fazer, que se tornam ultrapassados e acabam esquecidos. Entretanto, quando se trata da restauração de bens culturais históricos, o conhecimento de técnicas específicas de períodos passados é fator essencial para garantir sua preservação sem que haja descaracterização. A carência de profissionais que possuam domínio do fazer tradicional é uma preocupação constante para proprietários de imóveis históricos e para os órgãos de preservação patrimonial.

Para resolver esse “entrave” na aprovação de projetos de obras de restauração que chegam quase diariamente, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), integrante do Sistema Estadual de Cultura, organizou o “Curso de arquitetura de terra: resgate de técnicas tradicionais de construção”, realizado nos meses de abril e maio. O objetivo é capacitar arquitetos, engenheiros, mestres de obra e operários da construção civil para o cuidado específico com imóveis históricos.

Pitangui foi o município escolhido para a realização desta primeira edição do curso - outros municípios também devem receber o treinamento em breve. O curso acontece em duas fases, de três dias cada. A primeira aconteceu entre 24 e 26 de abril e incluiu, além da iniciação teórica sobre a importância da preservação de bens culturais, o ensino das técnicas da taipa, pilão, adobe e pau-a-pique. Os participantes também “meteram a mão na massa”, utilizando a última técnica para fazer a restauração real de uma edificação que sofreu danos com o impacto de um automóvel. Entre 15 e 17 de maio, segunda fase, os alunos restauraram outro imóvel, usando adobes e argamassas em cal, tecnicamente adequadas para construções em terra. As aulas foram ministradas pelo arquiteto Raimundo Rodrigues, consultor licenciado pela Unesco e pelo Programa Monumenta. Os participantes do curso receberão certificado emitido pelo Iepha, e farão parte de um cadastro especial de profissionais capacitados para a restauração estrutural de imóveis históricos.


mais informações: http://www.iepha.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=648&Itemid=156

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Iphan assina acordo para implementar Trem Turístico Cultural em Minas

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico Artística Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, participou dia 14, em Santos Dumont (MG), da cerimônia de assinatura de termos de guarda e cessão provisória de bens móveis e imóveis da União entre as prefeituras de Santos Dumont, Juiz de Fora e Matias Barbosa, em Minas Gerais, e órgãos do Governo Federal - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT, Secretaria de Patrimônio da União – SPU e Iphan. Os termos de cessão e guarda visam a implementação do projeto Trem Turístico Cultural – Zezé Leone e Expresso Pai da Aviação.

A locomotiva 370 da antiga Rede Ferroviária Federal, batizada de Zezé Leone, nome recebido em homenagem à Miss Brasil eleita em 1922, pertenceu inicialmente à Estrada de Ferro Central do Brasil, a quem foi doada pelo rei Alberto I da Bélgica por ocasião do Centenário da Independência em 1922. A máquina pertence à classe Pacific, com quatro rodas-guia na frente, para estabilidade; seis rodas de tração no meio de grande diâmetro, para velocidade, e duas rodas atrás para apoio. Foi fabricada pela Alço americana. Trata-se de uma maria-fumaça intitulada “Expresso Pai da Aviação” que ligará as cidades de Matias Barbosa a Barbacena, passando por Juiz de Fora, Mariano Procópio e Santos Dumont, em Minas Gerais. O trem faz parte de projeto turístico regional do Governo Federal que busca resgatar o transporte ferroviário de passageiros, por meio do Programa Nacional de Revitalização das Ferrovias.

O estudo de viabilidade foi elaborado através de convênio entre o Ministério dos Transportes e a organização não-governamental (ONG) Movimento Nacional Amigos do Trem, em parceria com as universidades federais de Juiz de Fora (UFJF) e Viçosa (UFV). No trajeto de 88 quilômetros entre Matias Barbosa e Santos Dumont, operavam duas composições: o trem Xangai, que circulou durante 70 anos, e o Expresso da Mantiqueira, que operava desde 1994. Ambos foram desativados em 1997, após a privatização da malha ferroviária.

FONTE: Teia Cultural Minas - Nº 65 - 14 de maio de 2009 - Ano V

IV Conferência Internacional sobre Experiências de Revitalização de Centros Históricos acontece em Buenos Aires

A Direção Geral do Centro Histórico de Buenos Aires promove, entre os dias 7 e 8 de julho, a IV Conferência Internacional sobre Experiências de Revitalização de Centros Históricos, que vai acontecer no Salão Dourado da Legislatura de Buenos Aires.

Durante o evento, workshops vão discutir propostas para o enfrentamento dos problemas existentes nessa área. O seminário será apresentado pelos próprios autores que devem mandar o material até 20 de junho. A idéia é aproveitar o encontro para abrir na internet um debate sobre os temas do seminário.

Para participar, é necessário enviar, até a data limite, um tema de discussão, especificando o assunto em, no máximo, meia página, com todos os dados da pessoa que apresentará a conferência (nome, telefone, e-mail) e indicação da área ou instituição a que se refere o problema.

Evento: Conferência Internacional sobre Experiências de Revitalização de Centros Históricos
Dias: 7 e 8 de Julho de 2009
Local: Peru, 160, 1º andar, Salão Dourado da Legislatura, Buenos Aires, Argentina.
Inscrições até 20 de junho de 2009
Mais informações: Tel.: (54 11) 4342-5975 e 4343-8335 / E-mail: cascohistorico@buenosaires.gov.ar

FONTE: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14439&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

terça-feira, 12 de maio de 2009

Iphan publica portaria sobre chancela de Paisagem Cultural Brasileira

O Iphan publicou, no Diário Oficial da União de 05 de maio de 2009, a Portaria 127, de 30 de abril de 2009, que estabelece a chancela da Paisagem Cultural Brasileira – porção peculiar do território nacional, representativa do processo de interação do homem com o meio natural, a qual a vida e a ciência humana imprimiram marcas ou atribuíram valores. A portaria detalha todos os passos do procedimento específico para declarar um bem como paisagem cultural brasileira.

A chancela tem por finalidade atender ao interesse público e contribuir para a preservação do patrimônio cultural, complementando e integrando os instrumentos de promoção e proteção já existentes. Segundo Carlos Fernando de Moura Delphin, técnico do Iphan, “o objetivo da declaração de paisagem cultural é conferir um selo de reconhecimento de porções singulares dos territórios, onde a inter-relação entre a cultura humana e o ambiente natural confere à paisagem uma identidade singular."

Qualquer pessoa natural ou jurídica é parte legítima para requerer a instauração de processo administrativo visando a chancela de paisagem cultural brasileira. O requerimento para a chancela, acompanhado da documentação pertinente, poderá ser dirigido às superintendências regionais do Iphan, em cuja circunscrição o bem se situar, ao presidente do Iphan ou ao Ministro da Cultura.

A chancela implica o estabelecimento de pacto que pode envolver o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada. “O pacto firmado é para definir normas de uso e gestão da paisagem, tendo em vista sua defesa e cuidando para que sua qualidade seja sempre melhorada. Não é como um tombamento. Quem não cumprir os compromissos assumidos em um pacto comum, perderá a chancela de valor e qualidade como paisagem cultural brasileira, quando declarada por órgãos federais, estaduais ou municipais”, esclarece Carlos Fernando.

Verificada a pertinência do requerimento para chancela da paisagem cultural brasileira, o Iphan abre um processo administrativo. Finalizada a instrução, o processo administrativo será submetido para análise jurídica e expedição de edital de notificação da chancela, com publicação no Diário Oficial da União e abertura do prazo para manifestações ou eventuais contestações ao reconhecimento pelos interessados. As manifestações serão analisadas e as contestações julgadas pelo Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, que remeterá o processo administrativo para deliberação ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. Aprovada a chancela pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, a súmula da decisão será publicada no Diário Oficial da União, sendo o processo administrativo remetido pelo presidente do Iphan para homologação final do Ministro da Cultura.

Mais informações: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14429&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

terça-feira, 5 de maio de 2009

Outras cidades brasileiras que possuem o Título Patrimônio Mundial

Destaco que no Brasil já existem cidades que têm o título Patrimônio Mundial (ou Patrimônio da Humanidade no Brasil) como Ouro Preto/MG, o Centro Histórico de Olinda/PE, o Plano Piloto de Brasília, o Centro Histórico de Salvador/BA, São Miguel das Missões/RS, Centro Histórico de São Luis/MA, Centro Histórico de Diamantina/MG, entre outros - para saber todos os locais no Brasil que possuem o título de Patrimônio Mundial, entrem no site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=12588&retorno=paginaIphan
Portanto, a diferença da candidatura do Rio de Janeiro é por ser na CATEGORIA PAISAGEM CULTURAL (paisagens que representam as obras conjugadas do homem e da natureza; as paisagens culturais são ilustrativas da evolução da sociedade humana ao longo do tempo, sob a influência das limitações físicas e / ou oportunidades apresentadas pelo seu ambiente natural e das sucessivas forças sociais, econômicas e culturais, tanto externas como internas). Mais informações detalhadas sobre essa categoria e sobre a candidatura do Rio de Janeiro podem ser lidas no site do IPHAN http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14421&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Rio Paisagem Cultural

É possível ler no site do IPHAN mais detalhes sobre a candidatura em arquivos anexos.
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14421&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

Segundo o IPHAN, na área previamente proposta como Rio Paisagem Cultural encontram-se bens ou sítios já protegidos pelos órgãos de preservação do patrimônio cultural, nas três esferas de governo: Floresta da Tijuca, Jardim Botânico, Morro da Urca, Parque do Flamengo, Lagoa Rodrigo de Freitas, Praça XV e Jóquei, entre outros, que possuem tombamento federal; a orla de Copacabana possui tombamento estadual; o Bairro da Urca e outras áreas de proteção do ambiente cultural, como o Corredor Cultural no Centro, Jardim Botânico, Catete, Glória, Botafogo, Laranjeiras, Ipanema e Leblon, entre outras, são de tutela municipal.
Na maior parte do território abrangido pela área do Rio Paisagem Cultural encontramos o Parque Nacional da Tijuca.

Rio lança candidatura a Patrimônio Mundial da Unesco

O governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes, o presidente do Iphan, Luís Fernando Almeida, e o ministro da Cultura, Juca Ferreira, oficializaram na manhã desta segunda-feira o lançamento da candidatura do Rio a Patrimônio da Humanidade, na categoria paisagem cultural. Também estiveram presentes ao evento, no Palácio da Cidade, o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, e a coordenadora de Cultura da Unesco, Jurema Machado. As autoridades assistiram a um vídeo sobre o Rio de Janeiro e foram apresentadas à logomarca da campanha.
De acordo com o Ministério da Cultura, desde 2001, o Brasil tenta obter na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o reconhecimento do Rio como Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade. O novo dossiê que será encaminhado à Unesco neste ano lista alguns dos cartões postais mais famosos da cidade, como a Floresta da Tijuca, o Jardim Botânico, o Morro da Urca, a Lagoa Rodrigo de Freitas, e a orla da praia de Copacabana.
A proposta reúne bens e sítios protegidos pelos órgãos de preservação do patrimônio cultural sob gestão federal, estadual e municipal. A expectativa é que a Unesco anuncie a decisão sobre a candidatura do Rio em julho de 2010, em uma reunião internacional da entidade que ocorrerá em Brasília, por ocasião dos 50 anos da capital do país.
Brasília, Ouro Preto, em Minas Gerais, e Olinda, em Pernambuco, são algumas das cidades brasileiras já consideradas patrimônios mundiais. De acordo com o Iphan, entre as vantagens trazidas às cidades pelo título estão o aumento no número de turistas e o crescimento dos investimentos no setor.


FONTE: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/05/04/rio-lanca-candidatura-patrimonio-mundial-da-unesco-755678447.asp

sábado, 2 de maio de 2009

LAMBE-LAMBES VÃO SE TRANSFORMAR EM PATRIMÔNIO CULTURAL DE BELO HORIZONTE

A Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura e do Conselho Delibe­rativo do Patrimônio Cultural, quer preservar na memória um dos mais tradicionais ofícios da capital: os fotógrafos lambe-lambes. Para isso, em julho do ano passado, o Conselho aprovou a abertura do processo de registro desta atividade como patrimônio cultural da cidade.

Com o propósito de concretizar este processo, a Prefeitura necessita da participação da população. Por meio do “Projeto Memória Urbana”, as pessoas podem compartilhar fotografias antigas, documentos ou uma boa história sobre os lambe-lambes da capital e, assim, ajudar a construir um inventário sobre a atividade destes profissionais. Os interessados em colaborar podem entrar em contato com a Diretoria de Patrimônio Cultural, pelos telefones 3277-5136 e 3277-5011.

O registro fotográfico dos passeios em parques e praças de Belo Horizonte parece simples nos dias atuais, mas, durante décadas, representou uma importante atividade para a memória das pessoas e da própria cidade. Os lambe-lambes foram testemunhas e observadores privilegiados da história e das transformações da cidade. Esse fato fez com que se tornassem guardiões da memória e cronistas visuais da comunidade.

Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, os lambe-lambes viram sua atividade perder espaço entre a população e começaram a deixar a profissão. Atualmente, restam, em Belo Horizonte, apenas sete destes profissionais, cinco que atuam no Parque Municipal e dois na Praça Rui Barbosa. Além de ter importância histórica e simbólica para os belo-ho­rizontinos, o ofício dos lambes-lambes compõe a identidade e a memória da capital. O registro dos lambe-lambes como patrimônio cultural irá valorizar e divulgar a atividade, além de promover entre os fotógrafos, o poder público e a sociedade, o diálogo necessário para sua salvaguarda.

O reconhecimento do ofício dos lambe-lambes como patrimônio cultural está amparado pela lei 9.000/2004, que rege o Registro de Bens de Natureza Imaterial. Por meio dele, o município irá conceder legitimidade à atividade e promover a sua salvaguarda por meio de ações como “identificação, reconhecimento, registro etnográfico, acompanhamento de seu desenvolvimento histórico, divulgação e apoio”.

História
A história dos lambe-lambes se confunde com a história do belo-horizontino e de sua relação com os parques e praças públicas. Por volta de 1922, já era possível encontrar profissionais tirando suas fotografias. Suas máquinas registravam ocasiões especiais como uma reunião familiar, um casal enamorado, grupos de amigos e crianças montadas nos tradicionais cavalinhos.
Em meados da década de 1950, os lambe-lambes ganharam maior visibilidade em função de um importante serviço que prestavam. No período da “febre” das fotografias 3x4, eles eram os únicos que revelavam as fotos em no máximo 20 minutos.
Não se pode esquecer também dos famosos “monó­culos”, pequenos cilindros de plástico onde a foto em miniatura era visualizada contra a luz e que ainda podiam ser encontrados até os anos 80.

FONTE: http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=995994

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Monumenta lança Coleção Artes & Ofícios

Para preservar e transmitir as técnicas de restauro utilizadas por mestres e artífices que foi criada a coleção Artes & Ofícios, a coleção conta com recursos do Programa Monumenta/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura, e parceria da Secretaria Municipal de Cultura, por intermédio da Subsecretaria de Patrimônio Cultural, da Velatura Restaurações, da Opera Prima Arquitetura e Restauro e da Fundação Roberto Marinho. A coleção editada pela In-Fólio Produção Editorial, conta ainda com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Como resultado da iniciativa, três livros: Alvenarias e Argamassas, de Nelson Pôrto, com colaboração de Viviane Souza Valle Cardoso e Antônio Carlos Corrêa e organizado por Wallace Caldas; Ornatos em Madeira, de Daniela Sergipense, Leila Santos e Márcia Braga, com colaboração de Alexandre Mascarenhas e organizado por Cristina Lodi; e Metais, organizado por Felipe Reigada, Laura Di Blasi e Leyla Mariath, que conta com artigos de 16 profissionais especializados no tema. Cada título tem tiragem de mil exemplares e parte dela será distribuída entre instituições de ensino e de proteção ao patrimônio histórico.

Os três títulos lançados em março complementam a coleção Artes & Ofícios, que já tem outros dois livros publicados: Ornatos, de autoria de Alexandre Mascarenhas, e Pinturas Murais, de Wallace Caldas.

Os livros são voltados para restauradores e também para iniciantes. De fácil leitura, os textos são complementados por diversos exemplos, dicas e glossário. Em todos os títulos é possível perceber a preocupação com os principais preceitos e diretrizes nacionais e internacionais que orientam as práticas de restauração de bens culturais.

MONUMENTA: O Programa Monumenta é um projeto do IPHAN e Ministério da Cultura, que conta com investimentos do próprio Ministério e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e apoio da Unesco. Seu objetivo é promover a recuperação e a preservação do patrimônio histórico brasileiros, associado ao desenvolvimento econômico e social, em cidades históricas protegidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além de ações voltadas para a restauração dos bens tombados, o programa também contempla atividades de capacitação de mão de obra especializada em restauro, como é o caso da coleção Artes & Ofícios.

fonte: http://www.monumenta.gov.br/site/?p=3071

 


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