terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mercado Público de Porto Alegre

Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre, o Mercado Público foi inaugurado em 1869 para abrigar o comércio de abastecimento da cidade. Tombado como um Bem Cultural, passou entre 1990 e 1997 por um processo de restauração, agregando mais qualidade a sua estrutura e recuperando a concepção arquitetônica original. Com as obras, o Mercado também ampliou o seu número de estabelecimentos comerciais. Além de oferecer bons produtos, procurando praticar uma boa política de preços, o Mercado Público também atua como espaço para manifestações culturais e comunitárias, proporcionando mais qualidade de vida a população.

O Mercado possui, hoje, 109 estabelecimentos, com as seguintes atividades:
açougues, peixarias e frutos do mar, restaurantes (cozinha macrobiótica, cozinha japonesa, cozinha portuguesa, carnes variadas e um com buffet), lancherias, pastelaria, padarias, fruteiras (nacionais e importadas), verduras e legumes, alimentos para animais, sementes, mudas de plantas, artesanato regional, bomboniere, serviço de cópias, lotéricas, bancas de revistas e jornais, flora e artigos para umbanda, peixes ornamentais e produtos para aquários, cafeteria, barbearia, livraria.

DADOS

Inauguração: 03.10.1869
Projeto: Eng. Frederico Heydtmann, realizado em 1861
Estilo arquitetônico original: neoclássico
Estilo arquitetônico atual: eclético (após diversas reformas)
Possui a forma de um quadrilátero e foi inaugurado somente com 1 pavimento e 4 torreões (nas esquinas). Adaptando-se ao crescimento da cidade e suas demandas, sofreu várias alterações, dentre as quais a construção, na sua parte interna, de chalés em madeira. Em 1912 foi construído o 2º pavimento para abrigar escritórios comerciais e industriais e repartições públicas.

O Mercado Público passou por incontáveis mutações arquitetônicas e sobreviveu a diversas enchentes, incêndios e ameaças de demolição:
Enchente: 1941;
Incêndios: 1912 (que destruiu os chalés internos), 1976 e 1979;
Foi ameaçado, na Administração Telmo Thompson Flores, de ser demolido para construção de uma avenida.
Em 12 de dezembro de 1979, o Mercado Público foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre (Lei 4.317/77).

Em 1990, a Administração Popular organizou uma equipe multidisciplinar de técnicos para desenvolver o Projeto de Restauração, no qual ficavam claros os seguintes objetivos:
Resgate da qualidade estética da edificação;
Otimização de seu potencial de abastecimento;
Valorização dos espaços de sociabilidade.
A reforma recuperou a percepção visual das arcadas, resgatou as circulações internas, criou novos espaços de convivência e implantou redes de infra-estrutura compatíveis com o funcionamento do Mercado. Foi construída uma nova cobertura que possibilitou a integração entre o térreo e o 2º Pavimento.
No 2º pavimento, onde antes existiam escritórios e repartições públicas, atualmente está sendo ocupado com diversos estabelecimentos como: restaurantes, lancherias, etc., através de concorrências públicas.
O Mercado, através da restauração, foi dotado de moderna infra-estrutura, qualificando seu espaço interno e externo, como duas escadas rolantes, 2 elevadores, 4 baterias sanitárias para o público, um Memorial, dentre outras melhorias. Também possui sistema de gás encanado, cujo produto é fornecido por uma central de gás externa ao prédio, que lhe confere maior segurança, além de vestiários e refeitório, para permissionários e seus funcionários, 4 câmaras frias (uma para lixo e 3 para produtos perecíveis) e um sistema de refrigeração já concluídos.
O custo da reforma ficou, na época, em R$ 9 milhões, sendo, 88% do orçamento da PMPA, e os demais 12% pelo FUNMERCADO e doações diversas. O FUNMERCADO (Fundo Municipal do Mercado Público) foi criado em 1987, através da Lei 5994/87. É formado com a receita arrecadada das permissões de uso, tendo a finalidade de custear a restauração, reforma, manutenção e animação do prédio.
A reinauguração ocorreu no dia 19 de março de 1997.

Mais informações sobre o Mercado Público de Porto Alegre: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/mercadopublico/

Mercado Público de Porto Alegre planeja ações para 2009

Inaugurado em 1869, o Mercado Público de Porto Alegre, patrimônio histórico da capital gaúcha, está em permanente processo de evolução. No ano passado, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) iniciou o atendimento a 20 comerciantes com o objetivo de construir um projeto para proporcionar aumento da competitividade e fortalecimento das micro e pequenas empresas do centro de compras por meio da cooperação dos empresários e da profissionalização da gestão. O resultado prevê melhora da infraestrutura e qualificação dos produtos. O projeto conta com apoio da Associação do Comércio do Mercado Público Central de Porto Alegre (Ascomepc).

Conforme a técnica do Sebrae/RS, Andréia Diel, a partir da união dos permissionários, foi realizada no ano passado uma série de ações que resultaram em melhorias para os empreendimentos. “O grupo, por exemplo, iniciou a implantação do uso de crachás para acesso às áreas restritas do espaço. Também conseguiram a liberação, por meio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), do estacionamento do Largo Glênio Peres, em frente ao prédio, no sábado, a partir das 8h, e um espaço para que os seus colaboradores possam descansar durante o intervalo de almoço”, destaca. Conforme Diel, uma série de ações já está definida para 2009 com um grande desafio: implantar o Programa de Alimentação Segura (PAS). As ações de capacitação em gestão e atendimento serão realizadas a partir de março. Além disso, serão realizadas ações para comemorar os 140 anos do Mercado Público.

Para o presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central de Porto Alegre (Ascomepc), Fortunato Garcia, é a primeira vez que o mercado é pensado como um todo. “Estou há 30 anos no local e, agora, vejo a oportunidade para qualificar a mão-de-obra. O mercado está sendo tratado como um todo, não separado por segmento”, analisa. Segundo o presidente, ao longo de 2008, foram realizadas reuniões com os lojistas, a fim de qualificar e nivelar o conhecimento do grupo.“Este ano começamos, na prática, a pontuar o que foi diagnosticado, pois há uma tendência de as pessoas procurarem um atendimento diferenciado. Além disso, estamos qualificando os permissionários e os fornecedores. Estamos dando um salto de qualidade”, garante.

O Mercado Público Central abriga o mais tradicional comércio de abastecimento da cidade. Tombado como bem cultural, tornou-se ícone de compras de Porto Alegre, possuindo hoje 104 estabelecimentos como açougues, peixarias, restaurantes (cozinha macrobiótica, japonesa, portuguesa, carnes variadas e buffet), lancherias, pastelaria, padarias, fruteiras, cafeteria, barbearia, livraria, bombonière, serviço de cópias, lotéricas, bancas de revistas e jornais, flora e artigos para umbanda, e lojas com alimentos para animais, sementes, mudas de plantas, artesanato regional, peixes ornamentais e produtos para aquários.

Fonte: http://www.panoramabrasil.com.br/Noticia.aspx?idNot=272286

NOTÍCIA: Documentos históricos são recuperados

A Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, em parceria com o Arquivo Público Mineiro (APM), superintendência da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais realizaram, no dia 17 de dezembro, solenidade de reintegração de posse de acervos documentais. Estes documentos, que estavam em poder de terceiros, são frutos de uma ação de recuperação de acervos documentais de diferentes períodos históricos, que seriam leiloados no ano de 2006.

"É importante ressaltar que a venda de documentos é algo semelhante à venda de imagens sacras das Igrejas mineiras. Seu combate e punição devem ser divulgados como forma pedagógica para inibir novas ações", diz Renato Venâncio, superintendente do APM - acrescentando ainda: "A maior parte dos documentos resgatados diz respeito à cidade de Mariana dos séculos XVIII e XIX. A importância desse acervo é imensa. Cabe lembrar que, até a década de 1830, o território municipal de Mariana cobria quase toda Zona da Mata. Dessa forma, a recuperação desses documentos é também o resgate da memória de inúmeras outras localidades: Ponte Nova, Piranga, Viçosa, Ubá, Muriaé etc."

O APM foi responsável pelo trabalho técnico de certificação de autenticidade, rastreamento da instituição de origem, higienização, pequenos reparos dos documentos danificados, descrição e microfilmagem do acervo. Os documentos recuperados foram devolvidos para a Arquidiocese de Mariana, Câmara Municipal de Mariana, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e para o próprio APM.
fonte: http://www.adtv.org.br/Cmi/Pagina.aspx?8266

 


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