sexta-feira, 15 de maio de 2009

Iphan assina acordo para implementar Trem Turístico Cultural em Minas

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico Artística Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, participou dia 14, em Santos Dumont (MG), da cerimônia de assinatura de termos de guarda e cessão provisória de bens móveis e imóveis da União entre as prefeituras de Santos Dumont, Juiz de Fora e Matias Barbosa, em Minas Gerais, e órgãos do Governo Federal - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT, Secretaria de Patrimônio da União – SPU e Iphan. Os termos de cessão e guarda visam a implementação do projeto Trem Turístico Cultural – Zezé Leone e Expresso Pai da Aviação.

A locomotiva 370 da antiga Rede Ferroviária Federal, batizada de Zezé Leone, nome recebido em homenagem à Miss Brasil eleita em 1922, pertenceu inicialmente à Estrada de Ferro Central do Brasil, a quem foi doada pelo rei Alberto I da Bélgica por ocasião do Centenário da Independência em 1922. A máquina pertence à classe Pacific, com quatro rodas-guia na frente, para estabilidade; seis rodas de tração no meio de grande diâmetro, para velocidade, e duas rodas atrás para apoio. Foi fabricada pela Alço americana. Trata-se de uma maria-fumaça intitulada “Expresso Pai da Aviação” que ligará as cidades de Matias Barbosa a Barbacena, passando por Juiz de Fora, Mariano Procópio e Santos Dumont, em Minas Gerais. O trem faz parte de projeto turístico regional do Governo Federal que busca resgatar o transporte ferroviário de passageiros, por meio do Programa Nacional de Revitalização das Ferrovias.

O estudo de viabilidade foi elaborado através de convênio entre o Ministério dos Transportes e a organização não-governamental (ONG) Movimento Nacional Amigos do Trem, em parceria com as universidades federais de Juiz de Fora (UFJF) e Viçosa (UFV). No trajeto de 88 quilômetros entre Matias Barbosa e Santos Dumont, operavam duas composições: o trem Xangai, que circulou durante 70 anos, e o Expresso da Mantiqueira, que operava desde 1994. Ambos foram desativados em 1997, após a privatização da malha ferroviária.

FONTE: Teia Cultural Minas - Nº 65 - 14 de maio de 2009 - Ano V

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