quinta-feira, 30 de julho de 2009

Estrada Real pode virar patrimônio cultural da humanidade

A Estrada Real se une a Paraty (RJ) para concorrer ao título de patrimônio cultural da humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) espera entregar ao órgão internacional, nos próximos dois anos, o dossiê da candidatura. No documento, deverá constar a justificativa do valor excepcional do bem e as estratégias de preservação. A decisão foi tomada depois da reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, órgão que delibera sobre o reconhecimento dos bens, na Espanha, no mês passado.

O país é um dos 21 signatários no comitê e tem uma lista de indicações há 12 anos. A relação está sendo revista e deverá ser apresentada em fevereiro do ano que vem. Como Paraty já integra a lista, a Estrada Real não precisará passar por uma pré-seleção para viabilizar a candidatura. A próxima reunião do comitê está marcada para julho do ano que vem, em Brasília.

O superintendente do Iphan em Minas Gerais, Leonardo Barreto, comemora a novidade. “A ideia é que até o encontro estejamos com as informações prontas para integrar o dossiê. Esse título é uma aspiração de toda a sociedade mineira, que tem uma série de esforços consolidados e parcerias estabelecidas. Vamos concretizar um trabalho que está sendo feito em Minas, Rio e São Paulo. O próximo passo é estreitar as relações entre as superintendências dos três estados para que tenhamos unicidade nas atividades”, diz.

O itinerário da Estrada Real, apresentado como a rota do ouro, tem 1.632 quilômetros e, desde o século 17, ligava Diamantina e Ouro Preto (MG) ao Rio de Janeiro e Paraty (RJ), para escoamento de ouro e diamantes em direção a Portugal. No caminho estão 198 municípios de três estados, sendo 168 em Minas Gerais, 22 em São Paulo e oito no Rio de Janeiro. Nesse roteiro, há 50 quilômetros de trechos calçados de pedras, remanescentes do período colonial, além de cidades e monumentos reconhecidos pela Unesco, como Ouro Preto, Diamantina e o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, e outros tombados pelo Iphan. A cidade histórica de Mariana, na Região Central de Minas, a 115 quilômetros de Belo Horizonte, também está na briga para se tornar patrimônio da humanidade. O município deverá integrar a lista indicativa, a partir de fevereiro.

fonte: site UAI - 9/07/2009
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/07/09/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=118006/em_noticia_interna.shtml

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